Na boa, eu queria ter postado isto na madrugada de segunda-feira, porém, eu não tinha assistido todos os filmes indicados ao Oscar 2015 como melhor e blá-blá-blá, acho errado ou até hipócrita falar sobre um filme sem ter assistido, é como falar de um sabor sem nunca ter provado — ultimamente, vi pessoas "que não assistiram a tal filme", falando que tal filme deveria ganhar porque tinha tal ator, e que tal filme não deveria ganhar porque era uma história clichê. Ah, qual é?! Fala sério...
Então, galera, tudo sussa por aí? O que vocês acharam desses prêmios da Academia, hein? Justo? Injusto? Pois bem, eu irei falar "particularmente", o que eu achei. E nada de spoiler, não quero estragar o enredo das obras, se for para mencionar alguma cena assim e tal, me basearei no trailer e sinopse de cada filme.
Há quem diga que Whiplash é um filme de um simples professor musical agindo como bem quiser para ensinar um aluno a tocar perfeitamente. Mas não, não é só disso o filme.
Eu sempre gostei das atuações de Miles Teller, apesar de ele atuar mais em comédias. Em 2013 eu tinha assistido The Spetacular Now, um filme de drama, que veio ser lançado no Brasil, no final de 2014, com o título O Maravilhoso Agora. Miles Teller atuou nele. A forma carente com a garota em Whiplash é parentesca com a de The Spetacular Now, e a forma fria também. E isso ajudou bastante os clímax do filme.
Em Whiplash, ele é o Andrew, um jovem baterista, que depois de ser reparado pelo mestre Fletcher (J.K. Simmons), enquanto ensaiava, termina entrando para a orquestra de jazz da Shafer, a melhor escola musical dos EUA. Andrew é obcecado, está disposto a fazer de tudo para ser o melhor e marcar seu nome na música como Buddy Rich.
Então, galera, tudo sussa por aí? O que vocês acharam desses prêmios da Academia, hein? Justo? Injusto? Pois bem, eu irei falar "particularmente", o que eu achei. E nada de spoiler, não quero estragar o enredo das obras, se for para mencionar alguma cena assim e tal, me basearei no trailer e sinopse de cada filme.
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| Cena do filme Whiplash (Foto: Divulgação) |
Eu sempre gostei das atuações de Miles Teller, apesar de ele atuar mais em comédias. Em 2013 eu tinha assistido The Spetacular Now, um filme de drama, que veio ser lançado no Brasil, no final de 2014, com o título O Maravilhoso Agora. Miles Teller atuou nele. A forma carente com a garota em Whiplash é parentesca com a de The Spetacular Now, e a forma fria também. E isso ajudou bastante os clímax do filme.
Em Whiplash, ele é o Andrew, um jovem baterista, que depois de ser reparado pelo mestre Fletcher (J.K. Simmons), enquanto ensaiava, termina entrando para a orquestra de jazz da Shafer, a melhor escola musical dos EUA. Andrew é obcecado, está disposto a fazer de tudo para ser o melhor e marcar seu nome na música como Buddy Rich.
Fletcher no começo parece ser bonzinho, dizendo para Andrew que o segredo era relaxar, que não era para se preocupar com os números, nem com que os demais pensam. Daí tudo mil maravilhas, pensava que ele seria um professor da hora! Mas, quando menos esperei, Fletcher joga uma cadeira em direção a cara de Andrew — por está acelerando na música. Dá tapa na cara dele por não saber se está acelerado ou atrasado. Andrew chora. Fletcher começa a zombar, dizendo que a culpa da mãe dele ter ido embora foi sua culpa. É um filme forte. Há cenas em que Andrew de tanto se dedicar tocando bateria, acaba sangrando na mão, e ainda assim continua. É um filme dramático. Insatisfeito, Andrew termina com a namorada e na cara de pau explica para ela o porquê: "Quero ser um dos melhores. E isso tomará meu tempo e, por isso, não devemos ficar juntos."
O filme ganhou três Oscar, melhor ator coadjuvante para J.K. Simmons, melhor edição e melhor mixagem de som. Justo? Para mim, sim. J.K. Simmons atuou tão bem que parecia que ele era o "centro" do filme, e em prol disso, o filme se desenvolveu magnificamente. A edição e mixagem foram impecáveis; também, o filme tinha que ter essa pitada.
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| Stephen Hawking (Eddie Redmayne) dançando com Jane Wilde (Felicity Jones) (Foto: Divulgação)
A Teoria de Tudo era um filme que eu só iria assistir após ler o livro de memórias, sendo que, eu queria muito fazer esta postagem. Aí terminei assistindo o filme. Felizmente, já estou com o livro e em breve lerei.
Sinceramente, eu esperava menos do filme, uma simples biografia de um dos mais consagrados cientistas da atualidade... e eu acabei de queimar o meu dedo, estou parecendo Andrew persistindo no que quer realizar (no meu caso, simplesmente escrever isto) ...mas não, a história do filme em si, apresenta Jane, uma garota de Artes, e claro, Stephen, um garoto de Ciências. Jane acredita em Deus. Stephen não. Entretanto, isso não era problema. Eles eram um casal feitos um para o outro; sei que é uma forma clichê de se dizer, porém mais verdadeira de descrevê-los.
Eddie Redmayne atuou tão incrivelmente, que o próprio Stephen Hawking se admirou. Pode parecer simples, mas não é. A maioria dos autores de livros ficam decepcionados com a adaptação do filme baseado em suas obras, com a atuação dos personagens, o enredo, até cenário. Imagina fazer parte de um filme que retrata pessoas vivas. A exigência é muito mais alta. Portanto, foi merecido o Oscar de melhor ator para Eddie Redmayne.
E aqui também confesso, eu chorei com A Teoria de Tudo.
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| Martin Luther King (David Oyelowo) e seus aliados indo protestar contra o direito de votos (Foto: Divulgação) Mais um filme de biografia, sendo esse mais histórico. Uma história encantadora. Um filme que muita gente deveria assistir. Saber mais sobre o direito de igualdade, que deu um grande passo com King.
O filme tem lá suas cenas fortes. Injustas. Conseguiu controlar os meus sentimentos de uma maneira inédita. Fiquei indignado com algumas cenas. Não por serem ruins. Mas por saber que de fato aconteceram. Houve cenas que foram tão tristes e lamentáveis, que pesava em meu coração como a ponta de um prego gigantesco.
Eu estava torcendo pelo Adam Levine, com a música Lost Stars, do filme Mesmo Se Nada Der Certo, pena que eu não tinha escutado antes Glory, de John Legend e Common — se não, eu certamente teria torcido por eles. E felizmente, ganharam o Oscar de melhor canção original. A música é emocionante. Escutem. Já coloquei para repetir umas mil vezes.
Alan Turing (Benedict Cumberbatch) e sua máquina (Foto: Divulgação)
O Jogo da Imitação, levou o Oscar de melhor roteiro adaptado. É um filme baseado em uma história real, e nos conta o drama de Alan Turing, considerado o pai da computação.
Turing tinha certos problemas com o homossexualismo. Na época, isso era crime. No decorrer do filme, vai passando alguns flashbacks dele com Christopher, um garoto que ele gostava na escola. O filme não se desenvolve só disso, mas sim com o trabalho dele e da equipe — que inclusive não gosta muito dele — de quebrar um código nazista inquebrável e vencer a guerra.
A própria equipe não acredita que a máquina quebrará o Enigma. Daí, eles vão criando uma boa-fé em Turing, após ele dar maçãs e contar uma piada fajuta para a equipe. Com isso, quando o Comandante Denniston vai dispensar Turing pela máquina não estar funcionando, a equipe aparece e diz que se dispensar ele, terá que dispensar todos eles. O filme é bastante inteligente. Também baseado no livro Alan Turing: O Enigma. Recomendo a todos assistir. Saber de fato como foi vencida a Segunda Guerra Mundial. |
| Gustave H (Ralph Fiennes) e Zero (Tony Revolori) em cena de O Grande Hotel Budapeste (Foto: Divulgação)
O
Grande Hotel Budapeste conseguiu me encantar de uma
maneira tão fácil. A amizade de Gustave H e Zero parece algo fraternal. É uma
história muito bem feita. Um filme que sem dúvidas será épico.
No
começo do filme quem narra é um escritor (Jude Law), e ele fala como se
estivesse escrevendo um livro. Isso é esplêndido. Depois, o escritor acaba
conhecendo o dono do Grande Hotel Budapeste, o próprio senhor Moustafa (antigo
Zero), que conta adiante toda a história. O enredo do filme e como é contado,
faz com que o telespectador se prenda mesmo na história.
Há
muitas cenas hilárias; em especial, quando Zero troca o quadro do menino com
uma maçã, por este abaixo.
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| Zero trocando o quadro (Foto: Divulgação) O Grande Hotel Budapeste ganhou quatro Oscar, melhor figurino, melhor maquiagem e cabelo, melhor design de produção e melhor trilha sonora. |
Mason (Ellar Coltrane) e seu pai ( Ethan Hawke) em Boyhood (Foto: Divulgação)
O
filme parece ser muito real, apesar de claro, ser uma ficção. Acredito que
todos sabem que o filme levou 12 anos para ser produzido. Sendo direto e sem
delongas, sabemos também que em um dia, o ser-humano tem zilhões de
possibilidades de morrer. Alguns do elenco não tinham contrato, como Ellar.
Quando o filme começou a ser gravado, ele tinha apenas sete anos de idade, ninguém poderia
assinar um contrato para o seu compromisso de 12 anos. Ele poderia sair quando
bem quisesse, o que querendo ou não, acabaria com a fascinação do filme.
A
história é focada em Mason, que tem os pais divorciados. Se o filme fosse
produzido num só ano, não teria tanta realidade como: músicas, livros (no filme
cita Harry Potter),
eleição, redes sociais e a real evolução dos personagens.
Boyhood é
só um filme que narra uma simples história de um garoto da infância até a
juventude? Não. Em Boyhood há diversas críticas. Ressaltando
mais nos conflitos familiares.
Na
história do cinema, não há filme como Boyhood. É
profundo e genuíno. O diretor, Richard Linklater, inovou. Seu filme, de fato, é
mais que uma obra-prima.
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A evolução de Ellar Coltrane em Boyhood (Foto: Divulgação)
Passaram
12 anos, e com seis indicações ao Oscar, acaba ganhando apenas um, de melhor
atriz coadjuvante, para Patricia Arquette.
Justo?...
Rá, rá, rá, claro que não. Merecia ter ganhado mais, em especial para melhor
diretor e melhor filme — minha opinião, é claro. Mas a Academia tende a
decepcionar, um bom exemplo disso foi em 1999, o filme Shakespeare Apaixonado ter
ganho como melhor filme para O
Resgate do Soldado Ryan.
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| Cena de Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) (Foto: Divulgação) Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) conta a história de Riggan Thomson (Michael Keaton), um cara que fez muito sucesso interpretando um super-herói, Birdman. Riggan recusou fazer Birdman 4, e daí começou a ter uma recaída, e passou a ser diretor, roteirista e ator de uma peça teatral da Brodway.
Riggan esculta vozes, de seu antigo eu, quando tinha sucesso em Birdman. E sempre é aconselhado a voltar ter sucesso.
Uma cena que jamais vou esquecer, é quando Riggan sai correndo de cueca pela Times Square, por ter perdido o roupão na porta dos fundos do teatro. |
| Riggan de cueca na Times Square (Foto: Divulgação)
Eu
vou confessar que não me encantei muito com o filme. É parecido com O
Artista, simplesmente uma crítica ao universo de Hollywood, e que
inclusive, também levou o prêmio de melhor filme. Tem aquele drama de ser
esquecido, querer se suicidar, enfim, igualzinho.
Mas,
conseguiu encantar a Academia, e ganhou quatro prêmios, melhor filme, melhor
diretor, melhor roteiro original e melhor fotografia.
Mais
uma vez, na minha opinião, houve filmes melhores que Birdman, como A Teoria de Tudo, O Grande Hotel Budapeste e
sem dúvidas, Boyhood.
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| Cena do filme Sniper Americano (Foto: Divulgação)
E
por fim temos Sniper Americano,
também baseado num livro de memórias.
Bradley
Cooper como de costume soube interpretar o personagem e atuar de maneira
intensa. O filme conta a história real de Chris Kyle. Ele assiste a
um noticiário na TV, de que explosões foram ocorridas nas embaixadas
americanas, matando ao menos 80 pessoas e deixando 1.700 feridos. Daí vai
para Junta de Serviço Militar, e se junta a Elite dos Guerreiros.
O enredo do filme é confrontante e com cenas fortes. Ganhou Oscar de melhor edição de som.
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Se concordam ou não comigo, comentem embaixo. Todo comentário será bem-vindo. Ressalto que só quis postar a minha opinião quanto a esse Oscar, não quis ofender ninguém e nem desmerecer a obra de ninguém, muito pelo contrário. Todos os filmes que foram indicados ao Oscar 2015, de melhor filme, foram excelentes, não houve um que pudesse dizer: "Ah, esse filme não é muito bom não".
É isso, até mais!
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